Esticadores de corda, túmulo de Menna (século XIV a. C.)
Se observarmos os
catálogos de instrumentos topográficos debaramos com as maravilhas que a
tecnologia nos oferece a cada dia, não podendo deixar de sentir admiração pelos
topógrafos que através dos séculos realizaram levantamentos e medidas, com
instrumentos rudimentares, chegando a resultados fantásticos. Podemos dizer que
também é verdade, que apesar de pertencermos à época das estações totais e dos
GPS, sentimos um orgulho pelos nossos queridos teodolitos analógicos.
Retrocedendo-se ao ano de 3.000 a.C., vemos que os babilônios e os egípcios
utilizavam a corda para a medida de distâncias. Estes eram chamados de “esticadores
de cordas”.
Agrimensor usando o Gnomon
A 560 a.C. não se tem referência a existência e
construção de nova instrumentação até que Anaximandro de Mileto, introduzisse o
"Gnomon".
Acredita-se que este se baseou em alguma referência dos babilônios ou egípcios.
Entre os primeiros usuários deste novo instrumento encontramos Metón, que
determinou a direção do Norte e Eratóstenes que calculou a circunferência da
Terra.
Diopra com disco
vertical e horizontal, para medida
de ângulos verticais
e horizontais.
A "dioptra" ou
plano horizontal, que servia para a medida deângulos e do nivelamento, tinham
seu princípio em um tubo em formade "U" com água, e que servia para
nivelar uma plataforma, podendo ainda medir os ângulos horizontais e verticais.
Vista de uma
chorobate
O "chorobates"
ou primeira aproximação de um nível, era uma régua horizontal com sapatas nas
quatro pontas, na parte superior da régua havia um sulco aonde se vertia água
para usá-la como nível. Por outro lado Herón menciona a forma de obter um
medidor de distância por meio das revoluções de uma roda.
Quadrante
Ptolomeu, no ano 150 a.C.,
descreveu o quadrante, aplicando-o nas observações astronômicas. Para ângulos
verticais, as réguas de Ptolomeu foram utilizadas até a Idade Média.
Astrolábio
Pode-se considerar como antecessor do teodolito o astrolábio
de
Hiparco, contemporâneo de Ptolomeu.
Groma
Os romanos foram os portadores dos conhecimentos
gregos para a Europa, usaram a "Groma",
que consta de una cruz excêntrica, com prumadas em seus extremos, fixada a una
barra vertical, que tinha de uma espécie de alidade. Vitruvio faz referencia
aos carros medidores de distâncias por meio de contadores de voltas, embora as
medidas de precisão fossem obtidas a passos mediante contadores de passos. Além
das descrições de Vitruvio, se encontraram em Pompéia distintos instrumentos no
laboratório de um Agrimensor. Também Vitruvio foi o construtor do primeiro esquadro
aplicando
o fundamento do triângulo retângulo de Pitágoras (lados de 3-4-5 metros).
Corrente de
Agrimensor
Em 1610 aparece a corrente de Agrimensor, atribuída a Aaron Rathbone.
Prancheta
Em 1720 se constrói o
primeiro teodolito como tal, este vinha provido de quatro parafusos
niveladores, cuja autoria é de Jonathan Sisson.
Esquadro de
agrimensor
Em 1740 aparece o primeiro esquadro
duplo,
construída pelo mecânico Adans.
Clisímetro
Telêmetro de imagem
partida
Ao final do século XIX vieram a luz os primeiros telêmetros
deimagem
partida, dentro da mesma ocular, dando lugar aos telêmetros artilheiros ou de
base fixa e aos topográficos ou de base móvel; entre estes se pode citar os
fabricados por Ramsden (1790) e o de Barr & Stroud (1888).
Distanciômetro
O primeiro distanciômetro
eletro-óptico se fabricou na Rússia em 1936, promovido pelo
Instituto de Óptica Governamental. Este tipo de instrumento se empregou no
distanciômetro Aga fabricado em Estocolmo em 1948. Em 1957, Wadley obteve um
distanciômetro de microondas, o Telurometro. A Wild fabrica o DI-10,
distanciômetro de pequenas dimensões, que unido a um teodolito proporcionava um
grande beneficio para as medidas topográficas, tanto em rapidez como em
precisão.
A partir destas datas, o avanço tem sido
menos vertiginoso, passando rapidamente aos distanciômetros montados em
excêntrica aos montados sobre a própria luneta ou bem sobre uma ponte na mesma
carcaça do aparelho.
Há
uns 25 anos apareceram as semi-estações, que eram um distanciômetro montado
sobre o mesmo teodolito, porém como o teodolito era analógico, a eletrônica só
podia acontecer os resultados da medida da distância, devendo digitar a mão os
ângulos para que o aparelho pudesse realizar os cálculos desejados.
Estação Total
Com o aparecimento dos sistemas
eletrônicos de captação de ângulos, a corrida contra o tempo tem sido mais
rápida e efetiva, obtendo-se teodolitos digitais mais precisos.
Da captação eletrônica de ângulos, tanto em sua versão
incremental como absoluta, passamos quase sem nos darmos conta da concepção da
atual estação total, melhorando a leitura angular assim como a medida da distância.
Também a eletrônica permite sistemas compensadores de um, dois ou três eixos
para a verticalidade do instrumento.
O
seguinte passo que melhora a captação de dados são os coletores de dados,
aparecendo paulatinamente os coletores externos (manuais com software próprio
que desenvolvem o funcionamento da estação), coletores de cartão de registro
(os quais são manejados pela estação e seu software interno).
GPS
Hoje a tecnologia permite
a transmissão de dados por meio de um"modem" a linha telefônica ou de
satélite, estando o coletor a centenas de kilometros do ordenador que recebe os
dados. Não vamos entrar aqui a comentar as possibilidades do sistema GPS com seu
estacionamento em tempo real ou diferido, com altas precisões que se estão
obtendo.
ESTAS SÃO
ALGUMAS MARAVILHAS QUE A TOPOGRAFIA NOS OFERECE!
BIBLIOGRAFIA
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